quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Aleatoriedades

Matando tempo Navegando pela internê dia desses me deparei com duas notícias relacionadas à Suíça as quais me chamaram atenção, a primeira foi esta.

Chamou a atenção primeiro pelo fato de UBS e outros bancos suíços não terem sofrido impactos tão grandes com a crise quanto os observados em bancos americanos (portanto, não sofreram grandes arranhões nas suas imagens por conta disso) e, segundo, cá pra nós, acho que o que define mesmo a credibilidade de um banco (e de qualquer empresa) é a seriedade e transparência como as coisas são feitas além da qualidade dos serviços, lógico. Por sinal, minha conta aqui é no UBS...se o banco fizer alguma merda com o meu dinheiro, já sei qual argumento vou usar quando for à agência xingar o gerente: "gerente FDP, tu fez merda com o meu dinheiro porque a tua gravata não combina com a tua estrutura óssea, sabia que isso ia acontecer! Vou xingar muito no Twitter! Ameacei."

A outra nota que chamou a atenção foi esta.

De fato, acho que o poder aquisitivo do brasileiro aumentou nos últimos anos, até com isso já tão gastando dinheiro, hehehe! Uma hora dessas quero passar lá na frente pra ver como é, só de curioso mesmo.

No mais, curtindo a vida e a rotina aqui. Cada vez mais integrado no trabalho e com os outros trainees, tou gostando dessa bagunça. A empresa por enquanto tem se mostrado um bom ambiente pra se estar (talvez pelo fato de eu ainda estar aprendendo e não ter pegado DE FATO no batente, heheh...). Semana passada teve festa de fim de ano numa buatchy que dizem ser uma das mais caras da cidade...foi boua a festa, temática Rock, curti!

Terça passada teve jantar de encerramento da área financeira, tri também! E no sábado rolou o jantar de Natal da AIESEC Zurique, foi num restaurante, todo CL tava lá e alguns trainees, gostei! Teve fondue de queijo e, bom, se eu disser que não achei tããão bom? No Brasil comi um melhor uma vez, heheh...(bah, eresia total dizer isso na Suíça). É que aqui eles colocam um queijo (cujo nome dão bi leimbro) que confere um gosto muito amargo, a ponto de quase estragar a experiência, hahahah! Mas tá, valeu!

No mais, ndo pra Portugal amanhã, vou passar Natal e Ano Novo com meus amigos tugas com quem trabalhei na Polônia, além do Pedrão e do Gabriel. Como não se trabalha na Kraft na última semana do ano (siiim!!!!) volto só dia 2 de janeiro...#vidaseverina

boas festas, bitches!




segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Stadt Zürich

Sempre quando eu pensava em Suíça e mesmo em Zurique, antes mesmo de saber que eu vinha pra cá a imagem que me vinha à cabeça era uma só: organização, precisão e qualidade, não necessariamente nessa ordem. Enfim, praticamente uma casa de bonecas.


Ao completar duas semanas aqui hoje, dá pra dizer que muito disso se confirma, de fato, um dos orgulhos nacionais é justamente o jeito de se fazer as coisas. Por outro lado, mesmo aqui se observam algumas, digamos, "assimetrias", como ruas nem sempre tão limpas...mas tá, nada que se compare ao centro de alguma grande cidade brasileira.



Bandeira de Zurique



Brasão de armas

Zurique, ao lado de Genebra (segunda maior cidade suíca) são conhecidas como "as menores metrópoles do mundo", uma referência ao fato de serem cidades relativamente pequenas mesmo para os padrões europeus (a área urbana de Zurique conta com 380 mil habitantes, já a região metropolitana abriga mais de 1 milhão) mas, mesmo assim, desfrutarem de uma atmosfera significativamente cosmopolita além de contarem com todas as opções de um grande centro.

Qualquer centro importante tem pelo menos um fator de atração que o faz dessa forma. No caso de Zurique, o fato de a cidade sediar grandes instituições financeiras (destaque para os bancos Credit Suisse e UBS), empresas e outros serviços (além da localização estratégica bem ao centro da Europa) fizeram da cidade um grande pólo de atração e conferem a mesma um tom de diversidade incomum em uma cidade de apenas 380 mil habitantes.

Maior cidade da Suíça germânica (e da Suíça em si), tem como língua corrente o alemão (suíço-alemão, dialeto bem diferente do alemão falado na Áustria e na Alemanha, mas essa fica pra outro post) no entanto, é possível se comunicar em inglês com bastante facilidade. Além disso, muitas placas e avisos encontram-se em francês e italiano, duas das quatro línguas oficiais do país (a outra e menos falada e o romanche).


Pontos fortes:

- sistema de transporte público eficiente, composto por trens, trams e ônibus (estes últimos, não muito comuns). É possivel ir a todos os lados da cidade com certa agilidade e bastante qualidade (trens novos e bem confortáveis), o preço, porém, não é lá dos mais convidativos: o bilhete diário para duas zonas custa 8 CHF (francos suíços, 5 euros, aprox.). O negócio pra quem vai morar aqui é comprar o passe mensal que sai bem mais em conta (no nosso caso, a empresa paga o VT anual, grazie a Dio, senão tava ferrado!). Mas pra quem vem passear, não adianta, paga caro merrrmo, heheh...

- segurança: como na Europa em geral, é bem policiada e tem-se uma boa sensação de segurança.

- Clima e horário: olha, não sei se é porque vim da Polônia mas aqui tenho passado BEM menos frio do que la (tá, tá frio mas nem tanto...semana passada fez espetaculares 10ºC e sol, algo quase impensável na Polônia nessa época). Além disso, aqui anoitece uma hora mais tarde (em Cracóvia, 15h30 já comecava a baixar a luz e 16h15 já era noite...aqui, começa a baixar às 16h30). Ainda bem, porque isso de ficar escuro cedo de mais é meio deprê.

Pontos baixos:

- no domingo, tudo fecha. Shopping, comércio em geral, tudo! Apenas alguns mercados na estação central e restaurantes abrem. Pra que trabalhar no domingo quando se tem um Estado 'paizão' dando um help, né? heheh...

- o pessoal que tá morando aqui há mais tempo diz que, justamente pelo fato de a cidade funcionar bem e ser organizada a vida aqui às vezes adquire um viés um tanto quanto previsível. Dizem eles que Zurique em geral e uma cidade com ar mais pacato, embora tenha visto que existe um bom numero de pubs e festas (alternativas, inclusive!!!) por aqui...vou começar a explorar mais nas próximas semanas! :)

Ontem saí pra dar umas bandas e tirei umas fotos, tá aqui ó!

Tschüs, leute! _O/

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Notícias do lado de cá - II


Bom, resolvi ser um pouco menos desnaturado e dar notícias, mesmo tendo chegado há mais de uma semana.

Vou dividir a coisa em tópicos, alguns dos quais pretendo me aprofundar mais adiante. (Obs.: ficou grande o post!)

Despedidas: deixar Cracóvia, a Polônia, os amigos e tudo o que isso representou pra trás não foi fácil, mesmo. Despedir-se nunca é fácil mas essa despedida teve algo que a tornou diferente das outras. Família, amigos e cidade no Brasil eu sei que um dia vou reencontrar, pelo menos com mais frequência, diferentemente das pessoas que conheci neste tempo na Polônia. Agora, cada um vai pra um canto diferente, sabe-se lá onde, quando e se vamos conseguir reunir todos um dia. Só tem uma frase que define bem esse sentimento: é foda. É muito foda. Mas faz parte e a vida segue.

Viagem de vinda: vôo Cracóvia - Zurique com conexão em Berlim, aparentemente tudo em riba. Ledo engano.

Round 1, a bagagem: limite de uma mala de 20 Kg (tolerância de 2 Kg) mais outra de mão de 6 Kg. Cara, te dizer, fazer a tua vida toda caber em 28 Kg N-Ã-O D-Á! Mesmo tendo despachado uma caixa com 13 Kg ainda assim paguei 12 Kg de excesso (100 euros...#meucu).

Round 2, correria: o Pedrão foi pra Espanha fazer um curso de Espanhol agora em dezembro e tinha vôo praticamente no mesmo horário que eu, combinamos de ir juntos. Segunda de manhã, tudo pronto, ligo pro Pedrão e ele: "aluôÔô....vini, que horas são?". Car#lho, o mala perdeu a hora e, pra piorar, nevava bolas de pingue-pongue em Cracóvia (carregar quase 30 Kg de bagagem na neve NÃO é legal). Sei que chegamos em cima do laço no aeroporto, correria mas deu. Detalhe: vim vestindo quatro casacos, não couberam na mala, quase morri. Chegando em Berlim, mais correria, já que o tempo entre um vôo e outro era de só 50 minutos, deusdocéu, COMO eu corri naquele aeroporto pra achar o portão de embarque, nossa! Mas no fim deu tudo certo.

Chegada: tavam me esperando o meu buddy, Matthias e mais uma guria. Me trouxeram pro apê, explicaram um pouco a sistemática das coisas aqui em ZRH, depois me levaram pra comprar um chip novo e comer, gente boa! Tou morando num apê com mais dois trainees, a Immah (queniana, gente finíssima, fez o primeiro intercâmbio dela no Brasil e fala português) e com o Vlad, ucraniano, mais na dele. Tá pra chegar uma turca até o fim do mês. No apê de cima, moram mais quatro: Andreu (espanhol), Daniel (portuga...yeah, tugas everywhere!), Matti (finlandês) e Tsveta (búlgara). Todos são trainees na Kraft. Legal é que o trânsito nos apês é livre e as portas ficam destrancadas, curti isso! A galera parece bem tri, já teve até jantar búlgaro na sexta que a Tsveta fez!

AIESEC Zürich: diferentemente da AIESEC Cracóvia, são inclusivos e gostam de ter os trainees partipando da vida do CL! Quarta passada fui a uma reunião geral e me senti em casa, eles são bem parecidos conosco, nas piadas, jeito, enfim, perfil em geral. E as reuniões são em inglês tendo em vista que alguns membros são estrangeiros que tão estudando aqui. Amanhã tem eleição do novo EB, me convidaram pra ir, se der, vou. Vamvê se a boa impressão se mantém.

Trabalho: ainda tou aprendendo, portanto, às vezes ainda fico meio no vácuo mas tá tri. A empresa é ótima, clima descontraído, a maioria absoluta dos funcionários é estrangeira, logo, toda a comunicação se dá em inglês. No time em que eu trabalho trabalham um canadense, um inglês, um eslovaco além do nosso chefe, que é alemão. Além disso, tem chocolate de graça, weee /O/ mas vou me controlar, senão saio daqui direto pra uma cirurgia de redução de estômago! :S

Zurique: embora bem menor do que Cracóvia (pouco menos de 400 mil hab.) é infinitamente mais cosmopolita. Por se tratar de um centro financeiro e de negócios de importância mundial, atrai pessoas de todos os lugares e, de fato: numa volta pela cidade se vê asiáticos, latinos, europeus, africanos e porae vai, bacana. Bastante limpa e organizada, me abri pro sistema de transporte público, super eficiente (meu chefe disse que o sistema de transporte público suíço é famoso inclusive na Alemanha). Por exemplo, pra chegar ao trabalho eu pego dois trens e um tram mas essa função toda leva meia hora, no máximo. Preços: são altos pra quem vem com alguma moeda que não Franco e que valha menos...se tu ganha em Francos ou vem com euros é sussa...achei Amsterdam, por exemplo, mais cara em geral.

No mais, tudo indo. Procurando encontrar meu lugar aqui ainda, me sentir parte (pela experiência anterior, acho que leva mais um mês pelo menos). Às vezes, dá uma preguiça ter que construir relações, identidade e tudo isso de novo, do zero...mas a opção foi minha e tou feliz!
No fim, ficou gigante o tópico, era mais pra dar notícias mesmo. Com o tempo, posto fotos e me aprofundo mais nos assuntos! :)

beijo pra quem é de beijo.

domingo, 7 de novembro de 2010

Notícias do lado de cá

Embora tenha as impressões da última viagem pra compartilhar (Paris) os últimos acontecimentos meio que forçam deixar esse sharing pra depois e focar nas novidades.

Como comentei neste post, o meu intercâmbio na Shell aqui em Cracóvia, que inicialmente seria de 1.5 ano, terminará antes, ao final de novembro.

Sabendo disso (e sabendo também que não queria voltar pro Brasil já no fim do ano) tratei de me mexer, virei EP (Exchange Participant) de novo e comecei a busca por um novo intercâmbio, no início de setembro.

Aí é aquela coisa né, prepara carta de motivação, envia CV, espera resposta (que algumas vezes não vem), recebe um, dois, três nãos e porae vai...nessa seleuma se passaram dois meses (setembro e outubro).

Até que, sexta passada, após quase dez candidaturas e dois meses eu recebi o telefonema pelo qual eu tava esperando...há dois meses:

"- Hello, I'm happy to say that you have been the one chosen by the managers to work for Kraft Foods, congratulations!".

Siiiiiim, filhotes, consegui!!!!! Fui selecionado (em linguagem aieseca, "dei match") para uma vaga na área financeira da Kraft Foods, em Zurique, na Suíça!!!! \O/

Começo dia 1º/12, embarco dia 29/11!

Tou num misto de alívio com felicidade muito bom, mesmo! Viver na incerteza é foda...

No fim, deu tudo certo. Como tinha dias pendentes pra tirar na Shell ainda, trabalho mais essa semana e na outra já saio de férias, até o fim do mês. Vou aproveitar pra ir a Varsóvia (sim, aos 47 min. da prorrogação) e dar mais umas voltas...

Agora tá rolando aquela sensação de despedida, saudades antecipadas....de Cracóvia, dos amigos, enfim. Tenho esse mês ainda pra curti-los bastante mas vai ser difícil deixar tudo isso pra trás. Let it go, simply!

E a vida segue seu rumo...

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Україна, чому б і ні?

Ucrânia, por que não? Com essa pergunta na cabeça, eu, a Dê e o Filipe (amigos/colegas de trabalho) decidimos dar uma pulo neste que é um país que geralmente fica de fora dos roteiros tradicionais pela Europa. A cidade: Lviv, quarta maior cidade ucraniana, a 320 Km de Cracóvia.



A Ucrânia (assim como Bielorrúsia, Romênia, Bulgária...) é o que os centro-europeus (como os poloneses, tchecos, húngaros e eslovacos gostam de serem chamados) chamam de "Leste Europeu". "Leste Europeu" aqui é uma denominação que denota atraso, subdesenvolvimento,comunismo entre outras referências não muito boas, portanto, não preciso nem dizer que os "centro-europeus" não gostam de ser chamados assim, hehehe...



O país era um dos mais importantes da antiga URSS. Era onde se desenvolvia parte significativa do programa espacial soviético (a temática dos cosmonautas - como eram chamados os astronautas soviéticos) é bem presente. Algumas correntes políticas locais são a favor da adesão à U.E mas é pouco provável que isso aconteça num curto prazo, já que a proximidade da Ucrânia com a Rússia ainda é muito grande, principalmente porque este último vende boa parte do gás utilizado pela Ucrânia e o faz com descontos bem gordos, em nome de apoio e alinhamento.

Cartaz de propaganda militar da era soviética, hoje parte da decoração do hostel onde ficamos.



Por não fazer parte da União Européia, cruzar a fronteira terreste entre Polônia e Ucrânia exige paciência: primeiro, se passa por um posto de fronteira polonês, toooodo mundo entrega os passaportes, eles checam. Depois, posto ucraniano....de novo, toooooodo mundo entrega os passaportes. Nessa brincadeira, ficamos 2.5 horas parados na ida e 5h (sim, CINCO!!!!) na volta, surreal! O.o




A primeira impressão sobre a Ucrânia, ainda antes de ir, quando fui trocar dinheiro: "lá deve ser tudo muito barato!" Pensa, 1 PLN (Zloty, moeda polonesa) compra quase 2,5 UAH (Hryvnia Ucraniana), logo, troquei 150 PLN e fiquei com quase 400 UAH (também chamado por nós de "dinheiros", porque a pronúncia era meio complicada, heheh... "rrirívnia"). Doce ilusão. Ao mesmo tempo que o dinheiro parece "inflar" a carteira, ele se vai com facilidade, pois qualquer coisa lá custa muitos dinheiros...um Big Mac menu, por exemplo, custava em média 40, 50 UAH!! Uma noite no hostel custou 90 dinheiros e porae vai...me fez lembrar a época dos cruzeiro no Brasil.

Hryvnia Ucraniana (UAH). 1 UAH = € 0,09

Sobre a cidade: mesmo tendo sido parte da Polônia à época das fronteiras móveis, a arquitetura de Lviv pouco se assemelha ao que se vê por aqui, embora seja igualmente interessante. Mas uma coisa chama atenção logo na chegada: os caras tão um (alguns?) passo (os) atrás ,mesmo da Polônia, o que dirá da Europa Ocidental. Ônibus antigos e fumacentos, trams caquéticos circulando pela cidade e o estado de conservação de algumas construções denunciam a falta de recursos.




Assim como Cracóvia, a atração principal de Lviv é o centro histórico: uma praça principal, em torno da qual gira boa parte da vida cultural da cidade, a ópera (muito bonita), ruelas, cafés...interessante! Uma coisa meio foda é o idioma, já que o ucraniano é escrito em alfabeto cirílico (como o russo) ou seja, não dá nem pra tentar ler alguma coisa, hahahaha!!! A sorte é que a Dê fala polonês e as duas língua são mais ou menos semelhantes e deu pra se virar (no caso, a Dê se virou e nós fomos na onda, heheh...).

Ópera de Lviv

Placa em ucraniano. Sacou?




Távamos de bobeira na praça central no sábado à tarde e tinham uns Seg Ways pra alugar pra dar uma banda pela praça...25 dinheiros por cinco minutos (que foram oito). Pensei: "ahhhh, eu nunca andei num tróço desse, bora!!", heheh...é divertido até, gostei!




Bom, o valeu o passeio e companhia! =)




Fotos aqui (têm fotos da câmera da Dê também)



Findi passado fui à Wadowice, cidadezinha a 1h de Cracóvia onde nasceu João Paulo, "O" Segundo, heheh...mas essa fica pra outro post.




Próxima parada: Parrrrí, mon amis!!!! Vou com o Ovelha e o Pedrão e lá encontro o Gabriel e a Mel, amiga de Porto Alegre que tá fazendo intercâmbio em Portugal, chego sexta à tarde e volto segunda pela manhã. Detalhe: com tanta data pra ir, vamos justamente agora que tem greve e o bixo tá pegando por lá, isso é o que eu chamo de senso de oportunidade, hahahahah! Aaaalgo me diz que isso vai ser bão!




quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Nederland me gusta!

Pois bem, a viagem pra Luxemburgo e Holanda veio, foi ótima e, como de costume, mais um relato! De novo, não vou descrever pontos turísticos e sim compartilhar impressões. =)


Chegamos ao aeroporto de Weeze/Düsseldorf (Alemanha, a 20 Km da fronteira com a Holanda) perto das 11h de sábado, 11/9. Pegamos o carro na locadora e tocamos pra Cidade de Luxemburgo, 380 Km ao sul. Chegamos lá pouco menos de 3h depois e fomos andar pela cidade, que é pequena.


Sobre Luxemburgo: a cidade é um grande centro financeiro internacional, sede de várias empresas. Foi uma surpresa, pois valeu muito a visita e nós não estávamos esperando muito. Da época medieval, há muitas construções da época preservadas muitas delas construídas sobre a colina no meio da cidade, o que dá um ar de fortaleza à região central. O que mais? Hmm, rica, hahaha, basicamente! Só se vê carro bom na rua (mesmo), tudo é bem urbanizado, limpo...enfim.


Saímos de Luxemburgo em direção a Rotterdam, na Holanda, 380 Km. Fui dirigindo, pensei: "car*lho, vou morrer de cansaço dirigindo isso tudo!". Pff, meu referencial eram as estradas brasileiras...de fato, dirigir essa distância lá cansaria muito, mas no caso foi muito tranquilo, só auto-estradas bem pavimentadas, iluminadas e sinalizadas, barbadinha! Velocidade média entre 120/140 Km/h, em pouco menos de 3h saímos de Luxemburgo, cruzamos toda a Bélgica, andamos mais uma parte da Holanda e chegando a Rotterdam no final da noite de sábado.


Fotos de Luxemburgo aqui.


Rotterdam: foi totalmente destruída na Segunda Guerra e, ao contrário de outras cidades européias na mesma situação, foi reconstruída seguindo padrões modernos. Desta forma, a cidade conta com avenidas e túneis largos e bem planejados, ciclovias por toda a parte, etc. A cidade em si (a segunda maior da Holanda) não tem nada de mais mas sabe um lugar agradável e se estar? Pois é...




Encontramos um conhecido do Luís que tá fazendo mestrado lá e ele disse que Rotterdam é a cidade ideal pra quem quer estudar, trabalhar e ganhar dinheiro mas que, de fato, não tem muito o que ver lá, heheh...


Erasmus Bridge, Rotterdam. (fonte: Wikipedia)


Terra natal de Erasmus de Rotterdam (hã), teólogo e humanista holandês, um dos grandes pensadores do século XVI e que dá nome ao programa de intercâmbio universitário entre universidade européias.


A nota neste caso é que Rotterdam é a sede mundial da AIESEC. O presidente mundial da AIESEC, o Hugo, é amigo do Luís, portuga que mora comigo (ambos foram da diretoria da AIESEC Portugal). Adivinha se a gente não conheceu o cara? heheh, gente boa ele, nos levou a uma cafeteria típica holandesa onde tomamos café no domingo e ficamos batendo papo.


Terceiro da direita para esquerda.


No domingo, tocamos pra Amsterdam, 75 Km de distância, bah, que cidade! Amsterdam é a síntese de tudo de mais liberal que se pode esperar de um lugar. A maconha (assim como outras drogas alucinógenas como cogumelos) é descriminalizada, paga imposto e a venda e consumo são permitidos. Diz-se que o faturamento anual gerado pela venda de maconha na Holanda gira em torno de 4 bi de euros. Tanto a venda quanto o consumo só são permitidos nas coffee shops (bares devidamente legalizados) mas alguns locais disseram que nunca ninguém foi preso por fumar na rua. Percebi que lá eles jogam muito com o lance da informação: tu até pode comprar maconha, mas vai ser sempre muito bem informado acerca dos efeitos que ela pode te causar momentâneamente e no longo prazo e das consquências.


Outro fator liberal que no fim se tornou atração turística é a prostituição, atividade regulamentada no país desde 1988. Na área denominada Red Light District, na zona central de Amsterdam, as mulheres ficam expostas em vitrines, como se fossem mercadorias mesmo. Os clientes ficam passando, analisando o "produto", se gostarem, a "tia" abre a porta, fecha a cortininha e o serviço é feito. Cada vitrine dessa na verdade é a janela de um quartinho, todo equipado para a atividade: cama, pia etc. e tal. Embora não se possa tirar fotos de jeito nenhum (elas ficam...putas, HUAHUAHAUHAE, sacaniei =P) é claro que tiramos, como se vê nesta foto e nesta outra.


Cara, achei isso g-e-n-i-a-l, mesmo! É bom pra todo mundo: pras putas, que têm um lugar seguro, limpo e certo pra trabalharem, pros clientes, que igualmente desfrutam de um lugar seguro (relativamente) e limpo e pra população em geral. A atividade gera impostos (bom pro país), elas são devidamente protegidas e têm acesso à tratamento de saúde e tal...quer melhor que isso?


A Holanda é tida como um dos países mais liberais do mundo. O nosso guia do free walking tour explicou que essa mentalidade vem desde o século XVIII, quando os Países Baixos eram um dos países mais ricos do mundo e grande comerciantes. Eles pensavam o seguinte: não importa de onde você veio, qual a sua religião e sua cor, se você veio para cá (no caso, Holanda) para gerar riqueza, tá ótimo. Simples. Isso, aliado a uma mentalidade anglo-saxã (normalmente mais individualista) fez do holandês o povo liberal e tolerante que é. Claro que há efeitos colaterais não muito desejados, como por exemplo, a frieza. Holandeses são tidos como um povo mais frio em comparação, por exemplo, com os alemães, pelo que li e ouvi.


Hot spots: centro histórico de Amsterdam, Red Light District, Heineken Experience (mesmo, vale muito! Por 15 euros se conhece todo o processo de fabricação da cerveja e toda a história por trás da marca, excelente! Ah, e ainda tem direito a três cevas durante o tour, heheh...).


Fotos da Holanda aqui.



Enfim, a viagem foi excelente! Muitas risadas, lugares sensacionais, amigos...qual vai ser a próxima?

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Bom dia, o serviço que você presta será (re)migrado para o outro lado do mundo. Beijo me liga!

Não não amiguinho, o dono deste blog ainda não tá trocando as bolas e postou de novo o texto do dia 23 de maio, é que o título agora, assim como daquela vez, se aplica...e muito!

Contextualizando: o trabalho que nós desempenhamos aqui na Shell em Cracóvia era desempenhado no Brasil até o início do ano. Por um decisão "estratégica" (vai entre aspas mesmo porque começo a duvidar de quão estratégicas são determinadas estratégias do mundo corporativo...enfim) decidiu-se migrar parte dos serviços financeiros para cá pois, no longo prazo, isso representaria redução de custos. Foi neste contexto que a AIESEC Cracóvia abriu vagas aqui e viemos pra cá.

Acontece que, no início deste ano, a Shell Brasil e a COSAN (empresa brasileira, um dos maiores players mundiais na produção de etanol) acordaram a criação de uma joint venture dando origem a uma nova empresa de energia que atuará na produção e distribuição de combustíveis, uma das maiores do segmento. Há duas semanas, foi assinado o documento final para a criação da nova empresa (cuja sede será no Brasil) o qual determinou que todos os serviços financeiros da nova companhia serão desempenhados na sede da nova empresa, no Brasil. Desta forma, a nossa área aqui em Cracóvia será terminada e perderemos nossos postos, kué kuéé kuééé! Como diria o Gabriel, "migrou, desmigrou, hé!".

Foda não? Nem tanto...vamos à parte boa da cousa: teremos (na verdade já estamos tendo) aviso prévio de três meses contando desde 1º/9, ou seja, três meses pra arrumar a vida. Outra: como a intenção é que todos os serviços estejam "remigrados" até o final de outubro, isso significa que em novembro a possibilidade de não precisarmos trabalhar é grande...sacou? Ganhar salário sem trabalhar, hahahah, ai papai, quem nunca sonhou com isso? Ainda: teremos todos nossos "direituuuu" garantidos: salário durante estes três meses + salário extra em novembro + pagamento de bônus + dinheiro da passagem de volta para o Brasil, logo, final de novembro vem uma boladinha por aí! =)

Tá mas, o que eu pretendo fazer? Bueno, como o meu contrato iria até julho de 2011, se eu voltasse já em dezembro ficaria com uma sensação muito grande de missão não cumprida, de algo inacabado, sabe? Ainda sinto que tenho mais coisas pra viver, aprender e crescer fora das fronteiras do meu Brasil varonil...posto isto, virei Exchange Participant na AIESEC de novo e tou na busca por uma nova vaga! Já me candidatei a algumas vagas que não deram certo, tou partipando de outras seleções, enfim, sempre buscando, tem que ter um pouco de paciência.

Logisticamente falando, um novo intercâmbio na Europa seria o mais lógico, já que seria só dar um pulo daqui pra outro país...mas vejo com muita simpatia um intercâmbio na América Latina, por exemplo! Enfim, o futuro ao destino pertence (pleonasmo?) só tenho duas certezas: na Polônia não quero mais ficar (é tri aqui mas já deu) e pro Brasil não quero voltar no fim do ano.

Durante esse tempo, não fiquei mal nem triste nenhuma vez...pelo contrário, o que já fizemos de piada com a situação desde então não é brincadeira.

Algumas reações da galera foram inusitadas, tipo, logo que se seguiu o anúncio de que a coisa ia babar aqui todo mundo começou a ficar meio nostálgico, a falar da sua cidade, dos lugares e talz...uma hora, na cozinha durante o intervalo, quando nos demos conta, todos estávamos falando das nossas cidades, amigos, família, heheh, foi engraçado! Acho que o desconforto por não saber ao certo como vai ser o futuro desencadeia esse tipo de reação...ou não! =S

Se nada der certo, em dezembro tou chegando de volta, aí vou continuar tentando fechar com outro intercâmbio de lá mesmo...vou de novo e fico até a metade do ano! =)

No fim, as coisas tão saindo melhores do que eu imaginaria neste contexto...o negócio é correr atrás e deixar que as coisas aconteçam quando tiverem que acontecer.

Pra comemorar (heheh...), amahã eu, Gabriel, Pedrão, Ovelha, Luís e Jhonny vamos pra Luxemburgo e Holanda!!! Vamos de avião até Weeze, na Alemanha (fronteira com a Holanda), alugamos um carro e seguimos até Luxemburgo, damos um check e tocamos pra Rotterdam, na Holanda. Dormimos lá e no domingo vamos a Amsterdam, onde ficamos até terça! Alguma dúvida que vai ser d-o-c-a-r-a-l-h-o? =P

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Chodzić na plażę

"Chodzić na plażę" = tradução literal de "vamos a la playa". Qualquer dúvida, pergunta pro Google!

Depois da primeira tentiva frustrada de ir a Gdańsk (esse "´" no "n" faz com que a pronúncia seja Gdãinsk) no último fim de semana finalmente pisamos nas areias do litoral polonês!
Após comprar as passagens de trem com o habitual costume de deixar pra última hora (e quase ficar sem de novo) embarcamos eu, Ovelha, Filipe (portuga que trabalha conosco), Pedrão e Gabriel rumo ao norte!

Gdańsk está localizada no "estado" (na Polônia eles não chamam de estado e sim Voivódia
) da Pomerânia, a 680 Km de Cracóvia. A cidade é o centro do que eles chamam de Tricity (Trójmiasto, em polonês) quarta maior conturbação urbana do país (pouco mais de 1 milhão de habitantes) que contempla as cidades de Gdańsk, Sopot e Gdynia, todas muito próximas umas das outras sendo Gdańsk a cidade principal.

Saímos na sexta às 23h, início de viagem tranquilo, cerveja, bate-papo no trem, enfim. Viajar de trem é algo, sempre acontece alguma coisa aleatória, mas no final acaba sendo divertido! =)



Fomos até Gdynia (a 21 Km de Gdańsk) onde ficamos na casa do Michel, português que tá fazendo intercâmbio lá e é amigo do Jhonny, portuga que trabalha conosco na Shell. Das três cidades da região de Tricity, Gdynia é a mais sem graça disparado, que bueiro! A cidade é industrial, cinza e sem muita coisa pra ver. Nem tirei foto de Gdynia porque né, não tinha do que tirar foto lá, seria mais ou menos como parar em cima de uma das passarelas da BR 116 e tirar uma foto, ou seja, boring. =S

Sábado à tarde fomos a Sopot, a quinze minutos de Gdynia aí sim a coisa mudou de figura: a cidade é a menor das três e sobrevive basicamente do turismo e da pesca mas é tri simpática, gostei muito! Bastante gente na rua e na praia (a maior parte poloneses mas se via um bom número de estrangeiros também) e uma vida noturna bem agitada!


Rua Monte Casino, em suma um calçadão que bomba de gente de dia e à noite.


Monte Casino

Praia de Sopot


Vai dizer que não lembra uma certa plataforma em um certa praia do litoral norte do RS?


Nota random: quem nunca viu aqueles peruanos tocando flautinha e vendendo seus CDs na praia? TODO mundo, creio eu! Acredite amiguinho, eles estão ATÉ no litoral polonês, conforme se confirma no vídeo abaixo. Segundo o Gabriel, deve existir uma franchising desses músicos peruanos, não é possível os caras serem tão onipresentes assim! (de brinde o espectador ainda leva um comentário aletório do Gabriel sobre uma transeunte local, heheh...):



No domingo fomos a Gdańsk onde passamos o dia e de onde partiria nosso trem de volta a Cracóvia. Entre 1793 e 1945 Gdańsk fez parte da Alemanha (período durante o qual era chamada de Danzig). A cidade, assim como tantas outras na Polônia, foi bastante afetada pelos bombardeios da II Guerra, no entanto, foi restaurada. A arquitetura de Gdańsk é diferente da que se vê em Cracóvia, com cúpulas mais pontiagudas e um casario antigo bem ao estilo alemão.

Já a praia também é bem legal...por sinal, a natureza das praias me surpreendeu! A água é limpa e, pelo fato de as praias estarem localizadas em um golfo (Golfo de Gdańsk) são calmas...além disso, nos chamou atenção o fato de a água não ser tão salgada, quase nada na verdade e não ser fria...sempre que eu pensava em Mar Báltico me via na cabeça algo gélido, como só as águas do bom e velho mar chocolatão sabem ser...felizmente, me surpreendi positivamente! =)

Praia em Gdańsk (porto ao fundo)

No mais, outro ponto que me chamou a atenção foi a fisionomia das pessoas do norte, diferente das daqui do sul da Polônia. Aqui, o biotipo é tipicamente eslavo: rostos afilados, narizes idem, cabelos predominantemente castanho claro. Lá, prevalecem os cabelos loiros, os rostos não são tão afilados e, como aqui, os olhos são claros. Acho que, embora linguistica e culturalmente poloneses, etnicamente os nortistas estão mais próximos dos nórdicos e alemães...

Fotos aqui.

E foi isso! Fim de semana foi bom...meio cansativo pelas horas de viagem mas bom. Voltei convecido de que tem muita coisa interessante pra se ver aqui na Polônia ainda e que vale fazer uma viagem aqui dentro sempre que der...afinal, nada melhor do que conhecer bem o "meu" país, né?










quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Smile like you mean it

Ouvindo: The Killers - Smile like you mean it.


Semana de viagem, novas cidades, reencontros e espírito renovado. Não preciso nem dizer que a ida a Berlim e a Praga foi excelente, apesar de que aqui não vou me ater a descrever pontos turísticos, apenas a compartilhar impressões pessoais. =)


Berlim: gostei de mais, mesmo! Berlim possui um ar cosmopolita que se sente no ar, se vê e se ouve na banda tocando em plena quarta-feira à tarde num parque, se sente no cheiro das bancas de comidas típicas dispostas ao lado de comidas de diversas partes do mundo, enfim. Uma das primeiras (boas) impressões que tive da cidade foi a simpatia e solicitude das pessoas. No caminho entre a estação de trem e o meu hostel "meio que me perdi" e pedi informações algumas vezes ao longo do caminho, em uma das vezes, entrei em uma padariazinha de bairro, nada turística. Pedi informação pra um senhor que não falava inglês mas prontamente chamou outro que falava. Ele foi até à rua comigo e me deu as diretrizes se despedindo com um simpático "Enjoy your time in Berlin, have fun, Tschüs!", sem interesse de ganhar um cliente, apenas por ajudar um turista perdido mesmo.


O que o Martin, amigo do Mattias (namorado da Cíntia) comentou e logo depois constatei que ser alternativo em Berlim é normal. Mesmo. O anormal é ser convencional, heheh. Além disso, a tolerância é uma marca muito forte na cidade: diferentes religiões, etnias, estilos e orientações sexuais coexistem sem maiores sobressaltos (ao contrário do que ocorre em Paris e Londres com alguns grupos árabes, por exemplo).


A conclusão em relação a isso é que, justamente por ter sido um símbolo de divisão (divisão esta que causou separações e sofrimento) e intolerância durante tanto tempo é que Berlim se tornou hoje uma cidade tão aberta e tolerante.


Falando em divisão, este tema atualmente é tratado como atrativo turístico, até mesmo cult, diria. A temática estampa camisetas (comprei uma =P), produz souvenires e mantém preservados locais marcantes da época.


O que tornou os dias em Berlim ainda melhores foi estar com a Cíntia! Cara, MUITO bom revê-la! Conversamos, rimos e randomizamos (linguagem AIESECa, heheh...) como nos velhos tempos...deu uma p*ta saudade do nosso EB...saudade deles, saudade de nós.



Fotos de Berlim aqui.


Já Praga foi igualmente surpreendente. A cidade tem um clima muito acolhedor, deu vontade de ficar mais tempo lá...nah mentira, deu vontade de morar lá! O que mais me chamou a atenção caminhando pela cidade foi a heterogeneidade da arquitetura: andando pela rua se vê muitos prédios em estilo gótico (?) (sei lá se é esse o estilo mas enfim), aí tu vira uma esquina e dá de cara com um prédio cubista, anda mais um pouco e se depara com uma construção de arquitetura moderna e futurista, sensacional isso! Infelizmente, não consegui ver tudo o que eu queria porque pra variar rolou uma chuva amiga no sábado, então tivemos que dar um corridão no domingo pra ver o principal. De qualquer forma, foi ótimo!


Fiquei no apê do Guimba, ele mora com mais oito trainees da AIESEC num apto. bem grandão, com vários quartos e banheiros, sussa. Bah, galera muito tri (alguns eu já conhecia de quando vieram pra Cracóvia em junho). Sábado à noite, antes de sair, fizemos drinking games, imagina: dois franceses, uma croata, uma neo-zelandesa, um tunisiano, uma tcheca, um indiano, dois brasileiros, um canadense e um alemão jogando drinking games, meo, ri muito! Na mesma noite, fomos a uma festa onde eu e o Guiba chegamos a uma conclusão: (alguns) europeus definitivamente não sabem dançar mas eles tentam...o que é divertido. Olha!


Gravei a nossa volta da festa aquela noite. Detalhe pro "são 4h da noite" e pra falta de foco da câmera. #fail



Praga é de mais e certamente vou voltar pra lá, quem sabe, até mesmo antes do fim do ano. Uma cidade tão afudê, tão próxima (550 Km) e com pessoas tão legais, desperdício ir só uma vez!


Rever o Guimba também foi muito bom! Nós nos chamamos de "irmãozãos de AIESEC": entramos no mesmo processo seletivo, trabalhamos juntos no mesmo time, fechamos com as nossas vagas de intercâmbio e viemos para os nossos novos países na mesma época além de estarmos próximos geograficamente. Eu tava mesmo comentando com ele numa festa sexta: "pensa, até pouco mais de dois anos atrás a gente tava tendo reunião de time sábado à tarde no Antônio da Reitoria, hoje a gente tá aqui bebendo cerveja e dançando ABBA numa buatchy em Praga, que loucura!". O mundo gira muito e, ao mesmo tempo que nos afasta de algumas pessoas, nos aproxima de outras, " I like this". =)


Fotos de Praga aqui.


Volto à rotina cracoviana recarregado, renovado. Essa viagem veio no momento certo, logo após ter fechado o período sabático de "meio ano de intercâmbio"...se bem que, ter completado meio ano aqui nem doeu, sabe? =P

domingo, 1 de agosto de 2010

Aleatoriamente falando

Seleção aleatória de tópicos sobre assuntos aparentemente disconexos.

Tópico 1: semana passada aconteceu em Atibaia, São Paulo, a CONADE, uma das conferências nacionais da AIESEC. Como em toda conferência, foram premiados e reconhecidos os melhores escritórios da rede (leia-se, os que entregaram mais experiências de intercâmbio, liderança, intercâmbio+liderança além de atingirem parâmetros mínimos de qualidade dos serviços, constatados por meio de auditoria por parte da AIESEC Brasil). Pra minha alegria e orgulho, a AIESEC Porto Alegre foi premiada como o melhor escritório dentre os trinta escritórios da rede da AIESEC no Brasil! Bah, sério, fiquei muito feliz e muito, muito orgulhoso! É muito bom ver um trabalho que vem sendo desenvolvido há alguns anos dando frutos, parabéns, CL! Mesmo distante (e mesmo não conhecendo mais da metade dos membros que fazem parte do escritório atualmente) me sinto feliz e empolgado com as conquistas (quase) como se estivesse lá! (digo quase porque pra ser pleno, só estando lá mesmo, não adianta, heheh...).

Tópico 2: a Rosane Tremea, editora do Caderno Viagem da Zero Hora, tem um blog onde ela (algumas vezes com a colaboração dos leitores) fala sobre, claro, turismo. Dicas de viagens, lugares (in)comuns, enfim. A área de Marketing&Comunicação da AIESEC Porto Alegre entrou em contato com ela pra saber se tinha como adicionar aos favoritos do blog dela alguns dos blogs dos membros do escritório atualmente em intercâmbio...e não é que o meu, juntamente com o blog da Mel (Portugal) e do Luti (Itália) foi um dos escolhidos? Tá lá, à direita, na parte dos "Links", o quarto link de cima pra baixo!
=D

Tópico 3: sentir-se um analfa por vezes se mostra uma experiência antropológica, hmm, diferente. Semana passada estava no mercado e queria comprar sabão líquido pra lavar roupa (o sabão em pó comum daqui detona as roupas com uma eficiência ímpar). Chegando à sessão de materiais de limpeza, fiquei com cara de parvo (como dizem os tugas) em frente à prateleira tentanto decifrar o que estava escrito nas embalagens. Peguei um deles e tentei ler o verso da embalagem cujas informações estavam em russo, búlgaro, ucraniano, tcheco e eslovaco, além de polonês. superbom. ¬¬
Eis que olho pra moçoila que fazia propaganda do Vanish (Nada supera o poder de Vanish!) e penso: "vai que ela fala um pouco de inglês, não custa tentar, o que é um peido pra quem tá cag*ado?". "Excuse-me, do you speak English?". "Yeah, sure", responde ela. Ahhh, na hora abri um sorriso aliviado (ela até riu, deve ter percebido o quão perdido eu estava...ou então pensou: "que babaca, não sabe nem comprar um sabão líquido..."). Enfim, sei no fim das contas saí faceiro do mercado com meu sabão, heheh...se eu encontrar um curso de "Polonês para técnicas domésticas" acho que faço, hein? Ajudaria muito...

Tópico 4: "polêmica" na Polônia. Não vou me ater muito a explicações sobre o caso aqui, essa matéria explica bem, heheh...é cômico se não fosse trágico! Por sinal, eu gosto de Lech! (a cerveja).

Tópico 5: F-É-R-I-A-S! Terça à noite parto rumo a Berlim, fico lá até sexta de manhã, quando sigo pra Praga, onde fico até domingo à noite. Em Berlim, vou encontrar a Cíntia, amiga que foi da diretoria da AIESEC comigo ano passado e que tá voltando do intercâmbio dela em Oman. Já em Praga vou ficar no apê do Guimba, também de Porto Alegre, fazendo intercâmbio lá. Cidades fantásticas, pessoas queridas, dias de folga sem ter que me preocupar com cliente mala enchendo o saco...tudo o que eu preciso agora! =)

Tópico 6: beijo. me liga. só se precisar. muito.

domingo, 25 de julho de 2010

O melhor lugar do mundo: eu

Pois é, dúvidas em relação ao futuro não me faltam (mesmo) mas hoje, dia em que completo meio ano aqui na Polônia, essa é uma certeza que se impõe: o melhor lugar do mundo sou eu. Eu sou responsável por tornar o ambiente ao meu redor melhor. Tá, esse lance de que é possível se adaptar e se sentir pleno em qualquer lugar é controverso, uma vez que eu não sei como seria minha adaptação em um lugar onde há restrições a liberdades de comunicação e expressão, por exemplo. Felizmente, este não é o caso da Polônia. =)

Morar em outro país sempre foi um sonho e cada vez tenho mais certeza de que fiz a escolha certa. Estar longe das minhas referências tem sido um constante exercício de autoconhecimento e reencontro comigo mesmo. Sei lá, uma coisa que eu percebo é que parece que depois de viver essa experiência, vai ser difícil viver em uma realidade tão "normal" de novo, é como se uma mosquinha picasse o cara e a vontade de viver sempre prestes a descobrir coisas novas (por menores que sejam) ou pessoas novas se tornasse parte da minha personalidade, algo indissociável.

A adaptação a fatores externos (comida, hábitos e idioma) foram secudários no meu processo adaptatório, claro, não foi/está sendo 100% linear, mas aos trancos e barrancos vai. Pra mim, os maiores indicadores são internos. Um deles é a saudade. Se no início a saudade era algo que doía e incomodava, hoje ela "mudou de lado" e se tornou algo que me conforta de certa forma. Lembrar das pessoas queridas e dos lugares e saber que daqui algum tempo eu vou reencontrá-los é muito bom.

O equivalente a "sinto sua falta", em polonês. O Mathias e a Cris me mandaram essa foto semana passada, queridões! (e escreveram certinho, até os acentos! =)


Outra coisa que rolava muito no início era ver a galera no Brasil combinando festas, viagens, chimas na Redenção e eu não poder ir, a vontade de estar lá era enorme. Hoje, isso já praticamente não acontece mais. Não que eu não tenha vontade de fazer essas coisas com eles de novo (pelo contrário) mas é fato: a vida lá continua acontecendo e a minha aqui tem que acontecer também, paralela e independentemente, da melhor forma possível.


E qual é a melhor maneira possível? Ó, se é a melhor eu não sei mas que conhecer gente nova ajuda, ajuda! Até pouco tempo, eu tava naquelas: queria muito conhecer pessoas novas (principalmente daqui de Cracóvia) mas não sabia direito como. Sair na rua dizendo "oi, sou o Vinicius, estou fazendo intercâmbio aqui, quer ser meu amigo?" ou então colar cartazes nas faculdades? Ou redes sociais na internet? Puetz, difícil meo, comofas? Empreendi algumas tentativas que não deram muito certo até que descobri no Couch Surfing (CS) uma ferramenta interessante. Fui num encontro de um pessoal do CS semana passada, bem tri...já peguei uns telefones, fiz alguns contatos...tá indo! Vamvê se prospera...aliás, expatriados de plantão (e não expatriados também) o CS é a dica pra quem quer conhecer gente nova. Em geral, as pessoas são super abertas e um dos lemas é justamente conhecer gente nova, ficadica. Ah, e o lance de conhecer gente em festa funciona também, viu? Conheci dois caras daqui de Cracóvia muito gente fina numa festa dia desses, fomos numa festa de novo no sábado. Às vezes, quando menos se espera, surgem pessoas interessantes!

Bom, o fato é que entre idas e vindas a experiência tem sido muito boa. Hoje, já sei mais ou menos o que eu deveria fazer depois de terminada essa fase mas sinceramente não tenho certeza se é o que me faria mais feliz. De qualquer forma, tenho um ano pela frente ainda (que vai voar, sem dúvida)...pensar na vida, planos, carreira e essa coisa toda cansa, cansa muito. Mas fazer isso em doze suaves prestações cansa bem menos, heheh...




quarta-feira, 21 de julho de 2010

Demorou pra comprar, perdeu o lugar

É amiguinho, senti na pele o significado dessa frase semana passada.

Como comentado no post anterior, no último fim de semana o plano era irmos a Gdansk, no litoral. Eu e a Dê (colega/amiga do trabalho) távamos na pilha e a reserva no hostel feita, inclusive. Só que havia ainda uma pequena questão logística a ser resolvida: as passagens de trem.

"Ah vai ter, lógico, ainda mais se tratando de vagão-leito, não é todo mundo que se dispõe a pagar o dobro, vai sobrar, certo".

Humpf. ¬¬

Fui à estação central de trem na quinta (um dia antes do programado pra viagem, #fail) comprar as passagens.

Cheguei lá todo "mininão" (como diz o Gabriel) já tendo em mente, em polonês, o que eu ia dizer (uma vez que no guichê de trens domésticos encontrar atendente que fale inglês é loteria). Era um bom momento para por à prova toda minha desenvoltura adquirida em oito aulas de polonês, hã (sim, já dei um self-game over nas aulas de polonês):

"Proszę, dwa ticket: jeden studancki, jeden normalny". (Por favor, dois bilhetes, um de estudante e outro normal).

A tiazinha do guichê falava um pouquinho de inglês, umas quatro frases no máximo, e perguntou: "sleep"? "Tak,
proszę" (sim, por favor) respondi, afinal, doze horas de trem sentado é dose pra Chuck Noris.

Ela "foi estar verificando" o sistema e eis que me diz, misturando polonês com inglês: "nie ma, nie ma, it's fuLLLL, fuLLLL!" (não tem, não tem, tá cheio, cheio!). Perguntei: "até o vagão-leito???". E ela: "tak tak, it's aLLLL fuLLLL!".

Fiz uma cara de espanto à la Cíntia, tipo "=O", e fui embora, depois avisei a Dê que não tinha mais como ir pra Gdansk, tadinha, ela tinha a recém feito a reserva do hostel, heheh. O bom é que não precisou pagar adiantado.

Tá, ficou a lição: não são só os ônibus da Unesul pra Capão, Torres e Tramandaí que ficam abarrotados no verão em véspera de fim de semana, aqui, a regra se aplica também e muito! No fim, a viagem foi adiada, provavelmente pra agosto...mas dessa vez a gente se planeja melhor. =)

A lição foi tão bem aprendida que no findi que passou já tratei de planejar toda a minha próxima viagem: Berlin e Praga, aeee! \O/ Comprei já a passagem Cracóvia - Berlin (trem), Berlin - Praga (ônibus) e Praga - Cracóvia (trem), além de reservar e já pagar o hostel em Berlin. Saio no dia 3/8 à noite e volto dia 9 pela manhã. Vai ser duca, vou encontrar em Berlin a Cíntia (vulgo "Tchu-Tchu") que foi da diretoria da AIESEC comigo ano passado e vai estar em Berlin voltando do intercâmbio dela, em Omã. Já em Praga, vou ficar no apê do Guimba, que veio me visitar em junho! =]

Trajeto!

Comentário random: li que o casamento homoafetivo foi aprovado na Argentina. Nada mais coerente que uma nação que se diz laica e democrática ofereça direitos e deveres iguais a todos,
sem distinção (uma lição bem aprendida em alguns países aqui na Europa e que outros, como a França, parecem estar esquecendo). Não sei até que ponto essa medida teve um caráter marqueteiro mas que é surpreendente dentro de um contexto latino americano isso é, ainda mais em se tratando de políticos, os quais boa parte executam movimentos friamente calculados a fim de não impactar negativamente a sua imagem frente ao eleitorado e, quem sabe, comprometer uma futura provável reeleição. Em ano de eleição, além de boas propostas, acho que vale uma análise do perfil empreendedor do candidato (empreendendor no sentido de empreender novas idéias), não só no que diz respeito a questões polêmicas como o casamento gay mas como todo resto...ousadia é o que dá a liga, ficadica! ;)